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Almir Sater




Almir Eduardo Melke Sater nasceu em Campo Grande, MS, em 14 de novembro de 1956. Desde os 12 anos tocava violão. Com 20 anos, saiu da cidade natal e foi estudar direito no Rio de Janeiro. Pouco habituado com a vida da cidade grande, passava horas sozinho, tocando violão. Um dia, no largo do Machado, encantou-se com o som de uma viola tocada por uma dupla mineira. Desistiu da carreira de advogado e logo descobriu Tião Carreiro, violeiro que foi seu mestre.

Voltou para Campo Grande e formou com um amigo a dupla Lupe e Lampião, em que era o Lupe. Em 1979 resolveu tentar a sorte em São Paulo SP, onde conheceu a conterrânea Tetê Espíndola, na época líder do grupo Lírio Selvagem. Fez alguns shows com o grupo, depois passou a acompanhar a cantora Diana Pequeno. Mais tarde, com o projeto Vozes & Violão, apresentou-se em teatros paulistanos, mostrando suas composições. Convidado pela gravadora Continental, gravou seu primeiro disco, Almir Sater, em 1981, álbum que contou com a participação de Tião Carreiro. Seu segundo disco, Doma (1982, RGE), marcou seu encontro com o parceiro Paulo Simões. Em 1984 formou a Comitiva Esperança, que durante três meses percorreu mais de mil quilômetros da região do Pantanal, pesquisando os costumes e a musica do povo mato-grossense. O trabalho teve como resultados um filme de média-metragem, lançado em 1985, e o elogiado Almir Sater instrumental (1985, Som da Gente), que misturava gêneros regionais - cururus, maxixes, chamamés, arrasta-pés - com sonoridades urbanas, num trabalho eclético e inovador. Em 1986 lançou Cria, pela gravadora 3M, inaugurando parceria com Renato Teixeira, com quem compôs, entre outras, Trem de lata e Missões naturais. Em 1989 abriu o Free Jazz Festival, no Rio de Janeiro, depois viajou para Nashville, nos EUA, onde gravou o disco Rasta bonito (1989, Continental), encontro da viola caipira com o banjo norte-americano.

Convidado para trabalhar na novela Pantanal, da TV Manchete, projetou-se nacionalmente no papel de Trindade, enquanto composições suas como Comitiva Esperança (cantada em dupla com Sérgio Reis) e Um violeiro (gravada por Renato Teixeira) estouravam nas paradas de sucesso. Em 1990-1991 participou da novela A historia de Ana Raio e Zé Trovão, também da TV Manchete, mas em seguida se afastou da televisão, pois as gravações não lhe deixavam tempo para a música. Gravou ainda Instrumental II (1990, Eldorado), Almir Sater ao vivo (1992, Sony), Terra dos sonhos (1994, Velas) e Caminhos me levem (1997, Som Livre), além de diversas coletâneas. Voltou a TV em 1996, obtendo grande êxito como o Pirilampo da novela O Rei do Gado, da TV Globo.

Sérgio Reis



Sérgio Reis, batizado Sérgio Bavini, nasceu em São Paulo em 23 de junho de 1940, no bairro de Santana. O cantor e compositor sertanejo começou sua carreira com sucessos da Jovem Guarda, como a autoral "Coração de Papel".


Em 1972, Reis gravou seu primeiro disco de música sertaneja com a canção "Menino da Gaita". Seguiram-se os sucessos "Menino da Porteira", "Adeus Mariana", "Disco Voador", "Panela Velha", "Filho Adotivo", "Pinga ni Mim" e várias outras canções. O disco "O Melhor de Sérgio Reis", lançado em 1981, vendeu mais de um milhão de cópias.


Como ator, trabalhou em algumas novelas, como "Pantanal" e "A História de Ana Raio e Zé Trovão", na extinta TV Manchete, e "Paraíso" e "O Rei do Gado", na Globo. Em "O Rei do Gado",o personagem de Sérgio formava a dupla sertaneja Pirilampo & Saracura com o personagem de Almir Sater, tendo gravado, inclusive, músicas para a trilha sonora.


No ano de 2003, Sérgio Reis gravou seu primeiro DVD, "Sérgio Reis e Filhos - Violas e Violeiros", e como o próprio título diz, ele teve seus filhos como músicos na apresentação. Em março de 2009, Reis também foi homenageado com a refilmagem do longa "O Menino da Porteira", protagonizada agora pelo cantor sertanejo Daniel, no papel do boiadeiro "Diogo". Em agosto do mesmo ano, a gravadora Som Livre lançou uma coletânea de Sérgio Reis comemorando seus 50 anos de carreira, "Cantando o Brasil", com quatro volumes trazendo os melhores e mais marcantes sucessos da carreira do músico.


Recentemente, Serjão recebeu sua sexta indicação para o Grammy Latino, a maior premiação de música da América Latina. E não deu outra: em novembro, o cantor levou mais uma estatueta para casa na categoria "Melhor Álbum de Música Sertaneja", com o disco "Coração Estradeiro" (o primeiro prêmio veio em 2000). E vale lembrar: Sérgio Reis é o artista brasileiro que mais vezes foi indicado ao prêmio. "Estou surpreso e emocionadopor mais uma estatueta de um prêmio de tamanha importância, como é o Grammy."

Também a pouco tempo, Sérgio Reis gravou o CD e DVD "Amizade Sincera", em parceria com o amigo Renato Teixeira, que foi lançado pela Som Livre em agosto de 2010. O projeto contou com a participação de seu filho Paulo e dos filhos de Renato, João e Chico, formando uma família só de músicos. Em pouco tempo, o DVD atingiu marca superior a 25 mil cópias vendidas e ganhou disco de ouro, permanecendo entre os dez produtos mais vendidos nas maiores lojas do país por semanas consecutivas.

MILTINHO RODRIGUES

Miltinho Rodrigues
Miltinho Rodrigues (Hilton Rodrigues dos Santos), cantor e compositor, nasceu em Goiânia, GO, em 2/5/1941. Desde criança gostava de cantar e aos 17 anos assinou seu primeiro contrato com a Rádio Nacional, de Brasília DF, onde apresentava um repertório romântico que incluia músicas em castelhano.
Mais tarde, foi a São Paulo SP e conheceu Tibagi (Oscar Rosa), que acabara de desfazer sua dupla com Zé Mariano e estava procurando outro parceiro. Formou, então, dupla com Tibagi, gravando várias músicas sertanejas.
Passou depois a cantar sozinho, lançando discos de sucesso pela Chantecler, em 1967, destacando-se Ébrio de amor (Palmeira e Ramoncito Gomes), Prisioneiro do amor e Você não apareceu, estas duas de sua autoria.
No ano seguinte gravou, também pela Chantecler, versões e composições estrangeiras, além dos êxitos Confissão de amor (Luciano e Ademar Garcia), Entre lágrimas (com Bolinha), Fica mais um pouco (com Noel Costa) e Quem será (Evaldo Gouveia e Jair Amorim).
Em 1972, na Continental, lançou um LP que incluía os sucessos Tentação, com Piquerobi (Madalena Maria Pires), Sagrado amor (Roberto Stanganelli e Francisco Barreto), Por que será? (com Milton Yamada) e Destino fere e às vezes mata (com Benedito Seviero). No ano seguinte, novamente na Chantecler, gravou novo LP, destacando-se Prisioneiro do amor,Quando o sol raiar e Você (todas de sua autoria), além de Garota triste (com Orlando Gomes).
Em 1974 lançou pela Cartaz outro LP, com, entre outros, os sucessos Para o que der e vierTodinha para mim (ambas de Roberto Stanganelli e Francisco Barreto), gravando, no ano seguinte, pela Califórnia, dois LPs, destacando-se de sua autoria O grande milagre e Amor, saudade e tristeza (com Argonauta), além de Fortuna dos namorados (César França e José Maria).
De 1976 a 1978 afastou-se da vida artística, trabalhando em Goiânia como publicitário. Em 1979, em Franca SP, foi convidado para viajar com o Trio Parada Dura, apresentando-se em circos, feiras e teatros.
Integrante da equipe de produção da gravadora Chantecler desde o início da década de 1980, em 1981 voltou a apresentar-se em vários Estados e lançou um novo disco. Seus maiores sucessos incluem, além dos já citados, Pombinha brancaMeu martírio e Roda gigante.
Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira – Art Editora.

João Pacífico



João Baptista da Silva (Cordeirópolis,5 de Agosto de 1909 - Guararema, 30 de Dezembro de 1998), mais conhecido pelo apelido João Pacífico, foi um compositor de música caipira , autor de Cabocla Tereza

Nasceu no Núcleo Colonial de Cascalho, antiga fazenda Cascalho, zona rural de Cordeiro, hoje Cordeirópolis. Filho de José Batista da Silva, maquinista de trem da Paulista e de Domingas, ajudante de cozinha) da Fazenda Ibicaba, do Cel. Levy. Sua vida no campo foi curta, mudando-se para a cidade aos sete anos de idade. Revelou seu talento artístico já em criança, quando era comum vê-lo declamar poesias timidamente e cantar para colegas e professores.

Convidada para ser cozinheira na casa de um coletor, em Limeira, dona Domingas levou o filho, que foi ser estafeta na coletoria. Certo dia chegou à cidade uma companhia de teatro de revista. Como não tirava os olhos do instrumento, o baterista que era argentino, foi conversar com ele. Depois de muito insistir, acabou tendo algumas lições com o musico. Sua dedicação era tanta que logo foi tocar em uma banda que se apresentava no cinema local, durante exibição de filmes mudos. Alem da música outra paixão do menino João era escrever versos onde revelava sua alma cabocla.

Mudou-se para Campinas em 1919, quando sua mãe, foi trabalhar na casa de Ana Gomes, irmã do maestro Carlos Gomes, e ai passou a ter mais contato com os músicos da cidade grande. Em 1923 o jovem baterista entrou para a Orquestra Sinfônica de Campinas chegando a tocar a abertura de “O Guarani” de Carlos Gomes, no Teatro Dom Bosco. Em homenagem a Campinas, escreveu o poema “Cidade de Campinas”, musicado mais tarde por Raul Torres. Seu primeiro emprego foi “ajudante de lava pratos no carro-restaurante da Cia Paulista de Estradas de Ferro, onde seu pai era maquinista.

Em 1924, aos 15 anos, foi para São Paulo, onde chegou no meio de uma Revolução. Foi trabalhar como estafeta em uma fábrica de tecidos. Em 1929, voltou para Campinas indo trabalhar como copeiro na casa do bispo da cidade, Dom Francisco de Barros Barreto.

O amigo Bimbim, filho do dono da Rádio Educadora de Campinas, levou-o um dia para cantar e declamar naquela rádio onde acabou sendo contratado e tornou-se presença constante na emissora ao lado dos violinistas João Nogueira e José Figueiredo. Logo depois voltou a trabalhar no trem e num belo dia o cozinheiro lhe disse para fazer um verso que ele entregaria ao escritor e poeta modernista Guilherme de Almeida, que estava a bordo, em viagem ao interior. O poeta leu e gostou, em seguida mandou entregar um cartão de visitas ao jovem João e o mandou procurá-lo na Rádio Cruzeiro do Sul, em São Paulo, onde era diretor.

Tião Carreiro


Tião Carreiro permanece vivo na memória dos fãs e agora em sites da internet.

Em 2004, deu-se destaque ao aniversário de vida e de morte de várias estrelas da música popular brasileira. Longe da grande mídia, porém, o meio sertanejo reverenciou sem grande alarde, mas com muita cantoria e respeito, a memória de seu ídolo maior: o violeiro Tião Carreiro. Este é o nome pelo qual ganhou fama José Dias Nunes, que completaria 70 anos em 13 de dezembro de 2004, não fossem as complicações provocadas por uma diabetes que silenciou seus ponteados em 15 de outubro de 1993. Desde então, milhões de fãs pelo Brasil afora aliviam as saudades ouvindo e tocando as centenas de músicas gravadas por ele em 27 discos 78 rpm (9 com Carreirinho e18 com Pardinho) e 41 LPs, que foram remasterizados em 41 CDs (33 com Pardinho, um com Carreirinho, quatro com Paraíso, dois discos solo e um com Praiano), além de 15 compilações em LP lançadas entre uma e outra gravações originais, compactos simples e duplos.

Tião Carreiro estreou em disco em novembro de 1956 (um bolachão de 78rpm que trazia "Boiadeiro Punho de Aço", no lado A, e "Cavaleiros de Bom Jesus", no B) ao lado de Pardinho, ex-trabalhador braçal e cantor de horas vagas que ele conheceu no circo Rapa Rapa, na cidade de Pirajuí (SP). No início, adotava ainda o nome de Zé Mineiro, passando a seguir para João Carreiro. O batismo definitivo veio por sugestão de Teddy Vieira, então diretor da RCA Victor e parceiro de Tião em alguns dos principais sucessos da dupla. Antes de conhecer Antonio Henrique de Lima, o Pardinho, Tião já havia cantado usando os nomes de Zezinho, junto a Lenço Verde, e de Palmeirinha, primeiro com Coqueirinho e depois com Tietezinho. O novo nome caiu como luva também para a breve dobradinha formada entre Tião e Carreirinho, que registrou nove 78rpm e um LP.
Violeiro intuitivo, Tião Carreiro jamais freqüentou escola de música. Foi autodidata também na escrita, ao ponto de criar letras com cheiro de terra e mato para várias músicas de seu vasto repertório. Não bastasse isso, também soube se cercar de poetas com "P" maiúsculo, do porte de Lourival dos Santos, Moacir dos Santos - que, apesar do sobrenome comum, não tinham nenhum parentesco -, Dino Franco e do próprio Teddy Vieira.

Mas fosse qual fosse o nome que adotasse, o destino de Tião parecia mesmo estar traçado nos braços da viola. Sobretudo depois que ele criou o pagode caipira, definido pelo cantador e produtor mineiro Teo Azevedo como uma feliz junção do coco nordestino com o calango de roda. Ambas as levadas, vale lembrar, eram e ainda são bastante praticadas na região em que Tião e o próprio Teo nasceram, quase na divisa com a Bahia. Há ainda quem perceba no pagode certo parentesco com a catira, só quem sem o pandeiro, o reco-reco e os temperos percussivos típicos desta outra levada violeira.
O novo ritmo surgiu em março de 1959, embora seu primeiro registro em disco tenha se dado no ano seguinte, com "Pagode em Brasília" (Teddy Vieira e Lourival dos Santos). Para termos de comparação, o sucesso gravado por Tião Carreiro e Pardinho, em homenagem à recém-inaugurada Capital federal, está para o pagode de viola assim como "Chega de Saudade" (Tom Jobim e Vinícius de Moraes), lançado dois anos antes por João Gilberto, está para a bossa nova. Em ambos o diferencial era dado pelas batidas inventadas por músicos virtuosos. No caso de Tião, também acabou pesando a favor o fato de ele compor e cantar magistralmente, como deixam ver (e ouvir) clássicos como "Amargurado" (com Dino Franco), "Rio de Lágrimas" (com Piraci e Lourival dos Santos), "Cabelo Loiro" (com Zé Bonito) e tantos outros. Não desmerecendo os demais parceiros de Tião, sua segundona grave soava sob medida para a primeira voz refinada de Pardinho. E, mesmo com a morte do violeiro, o pagode continua na ordem do dia para uma legião de seguidores espalhados pelo Brasil, que tem entre seus principais expoentes o músico sul-mato-grossense Almir Sater.
História
Quarto filho de uma prole de sete crianças, Tião Carreiro não teve na infância os brinquedos industrializados e caros que eram vistos nas mãos dos filhos dos coronéis de Monte Azul, na região de Montes Claros, no Vale do Jequitinhonha (MG), onde nasceu e passou os primeiros anos de vida. Mas desde cedo chamava a atenção nele a aptidão para inventar seus próprios brinquedos. Notadamente alguns que já permitiam vislumbrar toda a musicalidade adormecida em seu íntimo. Esticar o elástico reciclado do cano de botinas velhas ao longo de pedaços de madeira, e passar horas a fio tentando decifrar o som que produziam sob seus dedos, era um dos passatempos do mais célebre filho do casal de lavradores Orcissio Dias Nunes e Júlia Alves das Neves.

A seca e a falta de perspectivas no Vale do Jequitinhonha fizeram, porém, com que a família deixasse a região, a bordo de um caminhão pau-de-arara, quando Tião tinha apenas 10 anos, rumo a São Paulo. Tiveram de fazer antes uma parada forçada de três dias em Montes Claros, até que um juiz de menores autorizasse a viagem das crianças, que não tinham sequer certidões de nascimento. Em Paulópolis e Oriente, as primeiras escalas em São Paulo, ficaram pouco: devido à morte de seu Orcissio, mudaram-se logo para Flórida Paulista e depois para Valparaíso. Foi lá que Tião, aos 16 anos, decidiu trocar o cabo da enxada pelo braço da viola. Como tinha de ajudar no sustento da família, intercalava o novo ofício a outras funções, como a de garçom no restaurante de um hotel da cidade, onde ele costumava encantar a clientela dedilhando ao violão sambas e músicas populares da época. Após se apresentar no programa "Assim Canta o Sertão", de uma rádio local, engatilhou parceria com um amigo chamado Valdomiro, adotando o nome de Zezinho e Lenço Verde. Outra cidade fundamental para a formação musical e a vida de Tião foi Araçatuba. Foi lá que ele passou parte da juventude e conheceu Nair Avanço, durante as festas juninas de 1953, casando-se com ela 14 meses depois. O sucesso como artista, porém, só viria com força anos mais tarde ao lado de Pardinho, com quem formou a dupla que ficaria perpetuada como "Os Reis do Pagode".

Mais detalhes sobre vida, carreira e obra de Tião Carreiro podem ser acessados no site tiaocarreiro.com.br, criado recentemente a partir do acervo mantido por Nair e Alex Marli Dias, filha única do casal.
(Texto : Donizete Costa)
Ao Mestre

Com o nome de José Dias Nunes foi batizado e como Tião Carreiro ficou consagrado.

Natural de Montes Claros, norte de Minas Gerais, nasceu em 13 de dezembro de 1934.

Filho dos lavradores, seu pai Orcissio Dias Nunes e sua mãe Júlia Alves da Neves, tiveram 7 filhos, quatro homens, Cumercindo, Guilhermino, Jóse Dias Nunes e Valdomiro e três mulheres, Ilda, Maria e Santina.

Neto de Ricardo e Maria por parte do pai e de José Alves e Porcidonia por parte da mãe.

O quarto a nascer de um total de sete filhos: - Cumercindo, Ilda, Guilhermino, José Dias, Maria, Santina e Valdomiro - exatamente nesta ordem.

Até os 10 anos de idade morou no norte de Minas Gerais nas regiões de Montes Claros, Monte Azul, Pajeú, Rebentão e Catuti.

Seu irmão, Guilhermino, morreu ainda menino vítima de um sarampo recolhido.

Levando uma vida humilde, conseqüência da falta de emprego gerada pela seca que assolava aquela região e com a esperança de um futuro melhor a família de José Dias resolve tentar a vida em São Paulo.

Saíram da região de origem num caminhão tipo pau-de-arara e seguiram rumo a Montes Claros onde embarcariam no trem com destino ao interior do Estado de São Paulo. As crianças não possuíam registro de nascimento e por este motivo a família teve que aguardar 3 dias para obter do juizado de menores uma autorização para prosseguirem.

Obtida a autorização seguiram viagem até Paulópolis/SP onde permaneceram por pouco tempo pois seu pai veio a falecer.

A avó materna de José Dias, Dona Porcidonia, morava em Flórida Paulista e foi para lá que se mudaram nesta época.

Algum tempo depois foram tocar roça em Valparaíso/SP.

O pai, quando morreu, deixou-lhe a primeira viola. Uma herança que o garoto saberia como ninguém valorizar. Seus dotes de músico já eram notados, aos oito anos de idade dedilhava no braço da enxada e com elástico nos dedos tentava tirar sons musicais.

O menino da viola nunca foi à escola, mas tinha sonho de ler e escrever. Começou então folheando jornais velhos. E foi dessa forma que José Dias, juntando as letras, se alfabetizou. Da mesma maneira aprendeu a tocar, ou seja, sozinho, observando e juntando acordes e notas.

Aos 16 anos tomou a decisão que marcaria sua vida. Já apaixonado pela música decide deixar o trabalho no campo e se arriscar em outro mundo, em nova profissão. Que sorte a nossa! O Brasil ganharia um dos músicos sertanejos mais importantes que revolucionaria e influenciaria gerações.

José Dias trabalhava como garçom no restaurante do Hotel do Manoel Padeiro, onde, nas horas vagas, cantava músicas populares e sambas da época. Aos domingos participava do programa “Assim canta o sertão”, da rádio transmissora de Valparaíso/SP.

Formou dupla com o amigo Valdomiro e se apresentavam no circo Giglio com os nomes de Zezinho e Lenço Verde.

Formou outras duplas com os nomes de Palmeirinha e Coqueirinho, Palmeirinha e Tietêzinho, Zé Mineiro e Tietêzinho.

O proprietário do circo onde ele tocava naquela época comentou que dupla de violeiros tinha que tocar viola, e ele tocava violão. No mesmo ano, na cidade de Araçatuba/SP, apresentaram-se - Tonico e Tinoco, a dupla Coração do Brasil. Tonico deixou a viola no circo e foi para o hotel descansar, José Dias pegou a viola e decorou a afinação.

Logo em seguida ganhou uma violinha de presente pintada à mão pelo pintor Romeu de Araçatuba. E a partir daí, inspirando-se num dos melhores violeiros da época: Florêncio, da dupla Torres e Florêncio foi seguindo em frente, trilhando seu caminho.

Conheceu Dona Nair Avanço em Araçatuba numa festa junina no ano de 1953, namoraram 14 meses e se casaram.

Tiveram uma única filha, Alex Marli Dias, hoje casada com Gilberto Rodrigues da Silva e mãe de Renan Rodrigues da Silva, com 10 anos, o único neto de Tião Carreiro.

José Dias conheceu Pardinho, seu principal companheiro, no circo Rapa Rapa na cidade de Pirajuí/SP. Pardinho era ajudante braçal e cantava nas horas de folga. Passaram a cantar juntos com os nomes de Zé Mineiro e Pardinho, depois de dois anos a convite de Carreirinho mudam-se para São Paulo. Era Maio de 1956 e sua única filha Alex Marli acabara de nascer.

Já em São Paulo conhecem Palmeira que os apresenta a Teddy Vieira, diretor sertanejo da RCA Victor, gravadora de grande projeção na época.

Teddy os leva a gravadora Colúmbia e batiza José Dias de Tião Carreiro.

Ele não simpatizou com o nome de imediato, mas acabou concordando.

Começa então a história de Tião Carreiro.

Gravam o primeiro disco, um 78 rpm, lançado em novembro de 1956. As músicas eram “Boiadeiro punho de aço”, moda de viola e “Cavaleiros do Bom Jesus”, um cururu, ambas composições do padrinho Teddy Vieira.

Após o primeiro registro, Tião dá um tempo na parceria com Pardinho e forma dupla com Carreirinho. Foi uma época de grande produção. Em março de 1959 nasce um novo ritmo – o pagode-de-viola. Tião percebeu que naquele recortado mineiro que havia gravado misturado a outras batidas , a viola assumia um papel importante, e que havia encontrado algo realmente novo.

Tião Carreiro e Pardinho, novamente juntos, gravam pela primeira vez “Pagode em Brasília”, música de Teddy Vieira e Lourival do Santos. Uma homenagem à nova capital do país. A composição fazia parte de um disco 78 rpm, do selo Sertanejo, lançado com grande sucesso em agosto de 1960.

Tião com sua habilidade e destreza criou inúmeras introduções e arranjos ao pagode-de-viola, verdadeiras preciosidades. Mas Tião não parou por aí, desenvolvendo uma inconfundível batida, inovando com um estilo próprio. Na verdade Tião inventou uma forma original para os violeiros que cantam em dupla e usam como acompanhamento a viola e o violão. Na riqueza de ritmos e estilos Tião gravou moda de viola, cururu, cateretê, valseado, querumana e até tango.

E quando a música sertaneja se tornou mais urbana, ganhando outras influências, o violeiro se mostrou aberto a novas experiências e gravou guarânias, rasqueados e balanços. Ele nunca se preocupou com o gênero musical e sim com o que as pessoas queriam ouvir.

Tião também aprimorou o estilo de cantar em dupla. A segunda voz que é a mais grave era colocada com mais destaque do que a primeira. Estilo que depois foi seguido por várias duplas.

O saldo desta carreira de sucesso: 25 discos 78 rpm com Pardinho e Carreirinho, mais de 50 LPs com variados parceiros, dois LPs em solos de viola caipira e mais de 300 composições com os mais importantes nomes – Teddy Vieira, Dino Franco, Moacyr dos Santos, Zé Carreiro, Zé Fortuna, Carreirinho e Lourival dos Santos, amigo, conselheiro e companheiro mais constante.

Tião Carreiro foi também um dos grandes responsáveis pela popularização da música sertaneja, tirando-a dos programas sertanejos das rádios nas madrugadas e colocando-a nos teatros, rodeios, exposições e no horário nobre da televisão.

Ainda em vida teve o prazer de possuir a viola vermelha de Florêncio e o Violão de Torres. A viola foi cedida por Moreninho da dupla Moreno e Moreninho, e o violão ganhou de um amigo da cidade de São José do Rio Preto – Marco Aurélio Garcia, o Lelo, no dia 11/04/1992.

Tião Carreiro se foi como os grandes mestres, antes da hora, vítima de complicações advindas da diabetes que lhe consumiu lentamente, sem compreender a dimensão e o alcance de seu trabalho. Porém conseguiu o que todo artista sonha – compôs com os melhores letristas, tocou seu instrumento como poucos e cantou como ninguém, era um músico completo. Honrou, sem dúvida a herança recebida de seu pai.

José Dias Nunes, Tião Carreiro, faleceu dia 15/10/1993, e foi Sepultado no cemitério da Lapa, onde foi construído um memorial em sua homenagem e que todos os dias de finados , inúmeros fãs se reúnem em volta do túmulo do artista e passam horas e horas cantando seu repertório e relembrando alguma passagem de sua carreira.

As particularidades de Tião Carreiro

Tião Carreiro, habilidoso tocador de viola, um dos maiores violeiros brasileiros, com seu carisma e talento , exercicia uma magia sobre a pessoas, tendo conquistado um público fiel, que mesmo após dez anos de sua ausência física, continuam cultuando o ídolo.

Tinha um carinho especial pelos fãs, era atencioso com eles, apesar de sisudo, possuía uma doçura embaixo da aparência carrancuda.

Soube cultivar grandes amigos e também conserva-los sempre, homem de aparência séria, as vezes tímido, mas ao mesmo tempo desinibido enfrentava grandes platéias.

Aonde chegava era rodeado de pessoas, que se encantavam com seu jeito autêntico de ser, sua humildade, suas histórias cômicas, folclóricas, exagerando nas coisas propositalmente.

Seu time o Corinthians, sua religião católico não praticante mas devoto de de N.Sra. Aparecida, e acreditava em benzimentos também.

Adorava se vestir bem, jóias, bons perfumes, bons carros, e assistir corridas de cavalos.

Não bebia como todos diziam, muito pelo contrário , guardava os whiskes e pingas que ganhava e formou um coleção de bebidas que gostava de mostrar aos amigos.

O Pagode

Tião Carreiro tocava viola desde jovem, mas era inconformado sempre procurando novas formas de tocar, foi aí que inventou um ritmo diferente, em que a viola batia cruzado com o violão, numa mistura de recorte do catira lento com o recortado mineiro mais expressivo.

O pagode foi criado por Tião Carreiro na rádio cultura de Maringá/PR; Tião começou a bater com sua viola e conseguiu fazer a junção da viola com o violão na mesma gravação.

Chegando em São Paulo, tocou a fita para o Lourival dos Santos – consagrado compositor sertanejo e Teddy Vieira e estes ao ouvi-la , comentaram, parece um pagode – pagode em Minas Gerais era baile, e estava batizado o novo ritmo, e Tião Carreiro tornou-se “O Rei do Pagode”.

O primeiro pagode a ser gravado foi “Pagode em Brasília."(e não Pagode como havia constado).

Na cultura da música raiz , o Pagode sertanejo é hoje um dos ritmos mais tradicionais, tendo projetado Tião Carreiro por seu toque marcante e inconfundível , passando a enriquecer a lista dos ritmos regionais.

(biografia produzida por Alex Marli Dias - filha de Tião Carreiro com a colaboração de Cléber Toffoli e Eliana Arens).

FRANCISCO CUOCO - (1978) DISCO DE OURO RCA


01 Duas Vidas
02 Amo
03 Aria (Amor e Prece)
04 Rock And Roll Lullaby
05 Don't Say Goodbye
06 Soleado
07 Vida
08 Love Theme From The Getaway
09 Dio, Come Ti Amo
10 Momentos Inesquecíveis

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AMADO BATISTA

 
01 Princesa
02 Hospício
03 Sol Vermelho
04 Mais e Mais nos Amamos
05 Lista de Compras
06 Casamento Forçado
07 Amor Não é Só de Rosas
08 Casa Bonita
09 Eu Sou Seu Fã
10 O Fruto do Nosso Amor (Amor Perfeito)
11 Carta Sobre a Mesa
12 Serenata
13 Vitamina e Cura
14 O Lixeiro e a Empregada
15 Pensando em Você
16 Um Pouco de Esperança
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AS 12 MAIS APAIXONADAS DE AMILTON LELO




RONY E ROBSON - REALIDADE




01 - SEGREDO DE AMOR
02 - REALIDADE
03 - RECANTO DE SUDADE
04 - SÓ PRA VER ELA CHORAR
05 - DISTANTE DE QUEM EU AMO
06 - FOGO DE AMOR
07 - A REVOLTA
08 - EU SOU GENTE MULHER
09 - CHUVA NA SERRA
10 - CIDADE CONTRA CIDADE
11 - FILHO ADOTIVO
12 - A VOLTA DOS ANOS 50

TIBAGI E MILTINHO - GRANDES SUCESSOS




01 Teu Adeus (Benedito Seviero - Luiz De Castro)
02 Pombinha Branca (C.Concina Vers Miltinho)
03 A Saudade é Meu Castigo (Benedito Seviero-Miltinho)
04 Noite Triste (Benedito Seviero - Miltinho)
05 Um Pouquinho De Amor (Benedito Seviero-Luiz De Castro)
06 Pranto Amargo (Benedito Seviero-Miltinho)
07 Uma Lágrima (Bigazzi-Ani -Vers Sebastião F.da Silva)
08 Velhos Amigos (J.A.Gimenez-Vers Ado Benatti)
09 O Apito Do Trem (Benedito Seviero - Miltinho)
10 Segue Teu Caminho (Arlindo Pinto - Mario Zan)
11 Teu Castigo (J.A Gimenez Vers Waldomiro B.Hortencio)
12 Taça Vazia (Benedito Seviero - Miltinho)

Tonico e Tinoco - História



Tonico & Tinoco foi uma dupla caipira brasileira, considerada a mais importante da história da música brasileira e a de maior referência. Em 60 anos de carreira, Tonico e Tinoco realizaram quase 1000 gravações, divididas em 83 discos. As gravadoras a que eles pertenceram já lançaram no mercado um total de 60 discos. Tonico e Tinoco venderam mais de 150 milhões de discos, realizando cerca de 40.000 apresentações em toda a carreira.


Tonico

João Salvador Perez, mais conhecido como Tonico (São Manuel, 2 de março de 1917 - São Paulo, 13 de agosto de 1994). Morreu aos 77 anos, após uma queda da escada do prédio onde morava.

Tinoco

José Salvador Perez, mais conhecido como Tinoco (Botucatu, em 19 de novembro de 1920 - São Paulo4 de maio de 2012), foi o artista sertanejo que permaneceu mais tempo em atividade (82 anos). Morreu aos 91 anos, vítima de insuficiência respiratória. Antes de falecer, Tinoco teve duas paradas respiratórias no hospital. Foi velado no cemitério Quarta Parada e sepultado no cemitério da Vila Alpina


História


Casa em que Tonico e Tinoco passaram a infância, em Pratânia.
O gosto pela música veio dos avós maternos Olegário e Isabel, que alegravam a colônia com suas canções, ao som de um antigo acordeão. A primeira canção que aprenderam foi “Tristeza do Jeca” em 1925. Em 15 de agosto de 1935 fizeram a primeira apresentação profissional. Cantaram na Festa de Aparecida de São Manuel, onde milhares de pessoas de todo o Brasil visitam o segundo Santuário dedicado à Padroeira do Brasil. Junto com o primo Miguel, formavam o "Trio da Roça".
Em 1931, Tonico & Tinoco moravam em Botucatu (São Paulo), na fazenda Vargem Grande, de Petraca Bacci, com os pais, Salvador Pérez - um espanhol de León, chegado ao Brasil criança, em 1892 e Maria do Carmo, uma brasileira. A exemplo de outras crianças da época, os dois garotos, mal aprenderam a falar, já eram cantadores das modas de viola. Aprendiam as letras com Virgílio de Souza, violeiro das redondezas. Num baile que Tonico conheceu e apaixonou-se por Zula, filha do administrador da fazenda, Antônio Vani.
Como não havia rádio na região, o conjunto ficou famoso. Mas Tonico & Tinoco só cantavam em dupla nas horas vagas ou nas folgas do trabalho, quando a turma parava para tomar café. Cantavam as modas de viola de Jorginho do Sertão, um autor imaginário, que utilizavam para assinar suas canções, que falava da crise no país com as revoluções de 1930 e 1932.
No fim do ano agrícola de 1937, os Pérez decidiram, com outras famílias, tentar a vida na cidade de Sorocaba (São Paulo). As irmãs Antônia, Rosalina e Aparecida foram trabalhar na fábrica de tecidos Santa Maria. Tonico foi ser servente na Pedreira Santa Helena, fábrica do cimentoVotorantim. Tinoco virou engraxate na Estação Sorocabana e Chiquinho engajou-se na construção da Rodovia Raposo Tavares, que liga o sul de São Paulo a Mato Grosso do Sul. A crise econômica do país chega ao auge.Getúlio Vargas implanta a ditadura do Estado Novo. Adolf Hitler invade e ocupa a Checoslováquia e depois a Polônia. Começa a Segunda Guerra Mundial. A vida em Sorocaba fica insuportável, nada dá certo para os Pérez e eles decidem retornar ao campo, agora para a fazenda São João Sintra, em São Manuel (São Paulo).
A volta, contudo, possibilitou aos irmãos Perez a primeira chance de cantar numa Rádio. O administrador da fazenda, José Augusto Barros, levou-os para cantar na Rádio Clube de São Manuel - ainda hoje lá, na rua Coronel Rodrigues Alves, no centro da cidade. Assim, até o fim de 1940, eles ficam trabalhando na roça durante a semana e aos domingos cantam na emissora da cidade. Só por amor à arte, sem ganhar. As dificuldades levaram os Pérez a uma derradeira migração.
Em janeiro de 1941 chegam, de mala e cuia - quatro sacos com os “trens” de cozinha e duas trouxas de roupa - a São Paulo. À falta de profissão, as meninas foram trabalhar em casa de família, Tinoco num depósito de ferro-velho, Chiquinho na metalúrgica São Nicolau e Tonico, sem outra alternativa, comprou uma enxada e foi ser diarista nas chácaras do bairro de Santo Amaro.
Os tempos duros da cidade grande tinham lá sua compensação, principalmente nos domingos, quando a família ia ao circo, na rua Lins de Vasconcelos no então pacato bairro do Cambuci. Num desses espetáculos, os manos conheceram pessoalmente Raul Torres e Florêncio, a dupla de violeiros mais famosa de São Paulo e que depois, com Rielli na sanfona, formaram na Rádio Record o famoso trio "Os Três Batutas do Sertão”.
Em São Paulo, inscreveram-se no programa de calouros comandado por Chico Carretel (Durvalino Peluzo), na Rádio Emissora de Piratininga. O capitão Furtado, que estava sem violeiro em seu programa Arraial da Curva Torta, na Rádio Difusora, promoveu então concurso para preencher a vaga: os dois irmãos, formando a dupla Irmãos Perez, cantaram o cateretê "Tudo tem no sertão" (Tonico). Classificados para a final, interpretaram de Raul Torres e Cornélio Pires, (esse último um radialista e pesquisador que foi pioneiro no estudo da vida sertaneja, especialmente a paulista, e que deixou uma extensa obra a respeito.) "Adeus Campina da Serra". Quando terminaram, o auditório aplaudiu de pé, em meio a lágrimas. Todos pediam bis àquela dupla que cantava diferente, com afinação, fino e alto. Todos os outros violeiros foram abraçá-los. O cronômetro marcava 190 segundos de aplausos, contra apenas 90 segundos da dupla segundo colocada.
No dia seguinte o Trio da Roça estava contratado pela Rádio Difusora, que naquele período havia sido comprada pela Tupi FM, parte de ofensiva do jornalista Assis Chateaubriand para formar uma poderosa rede de veículos de comunicação - os Diários e Emissoras Associados. Três meses depois o contrato foi renovado por dois anos e o salário foi acertado em cruzeiros, a nova moeda que aposentara os réis. Eram 1.200,00 uma fortuna, comparado ao salário mínimo, da época, de 280,00. Já sem o primo Miguel, eles eram apenas os irmãos Pérez. Um dia, durante um ensaio do programa Arraial da Curva Torta, o Capitão Furtado - de batismo Arioswaldo Pires, sobrinho de Cornélio Pires , apresentador do programa e também lendário divulgador da música sertaneja - disse que uma dupla tão original, com vozes gêmeas, não poderia ter nome espanhol. Batizou-os, na hora, de Tonico & Tinoco.
A divulgação nos programas da rádio transformava a dupla em sucesso imediato, fazendo surgir dezenas de convites para shows. A primeira apresentação dessas foi no cine Catumbi, em São Paulo, hoje transformado em uma casa de forró sertanejo. Depois rumaram para o interior, em excursões que demoravam semanas. Apresentavam-se em cinemas, clubes e até em pátios vazios de armazéns. Quando terminaram a primeira excursão, no Circo Biriba, em Ribeirão Preto, fizeram a partilha do lucro: quatro mil e quinhentos cruzeiros para cada um.
A dupla estreou em disco, na Continental, em 1944, com o cateretê "Em vez de me agradecê" (Capitão Furtado, Jaime Martins e Aimoré), que foi lançada em 1945. Na gravação de "Invés de me agardecê" ocorreu um fato inusitado, pois eles a gravaram e em seguida, quando foram gravar o lado B do disco soltaram a voz tão alto, da forma como cantavam lá na roça e estouraram o microfone . Como o processo de gravação era algo muito caro, o disco saiu apenas com um lado, mas como punição a dupla precisou ficar seis meses fazendo aula de canto para educar a voz e voltar a gravar. Por isso que o lançamento do primeiro 78 rpm para o segundo é curto pois eles gravaram a primeira moda ainda em 1944.
Bem sucedida com essa gravação, que serviu de teste, gravou seu primeiro disco completo, a moda de viola Sertão do Laranjinha, motivo popular adaptado pela dupla e Capitão Furtado, e "Percorrendo o meu Brasil" (com João Merlini), que foi sucesso imediato. No ano seguinte (1946) o sucesso definitivamente chegou com "Chico Mineiro" (Tonico/Francisco Ribeiro).
Com o sucesso de “Chico Mineiro” a dupla consagrou-se definitivamente e tornou-se a dupla sertaneja mais famosa do Brasil. Uma curiosidade: quando Tonico & Tinoco foram gravar “Chico Mineiro” a gravadora havia informado que esse seria o último disco da dupla, pois eles já haviam gravado cinco discos e existia sempre uma reclamação dos ouvintes com relação a dupla, alegavam que não era possível entender a pronuncia deles nas letras das músicas, os fãs não entendiam o que eles estavam dizendo, aí surgiu “Chico Mineiro” e tudo mudou, inclusive com o dinheiro que eles ganharam com essa música conseguiram comprar sua 1ª casa para viver com a família. Desde então, tornou-se a dupla sertaneja mais famosa do país.
Ao final da Segunda Guerra Mundial, o número de emissoras de rádio saltou para 117, e os aparelhos receptores eram 3 milhões. Tonico & Tinoco estão agora na Rádio Nacional de São Paulo onde nasceu um de seus mais marcantes programas. Um dia, o auditório estava ocupado com um ensaio e como eles precisavam entrar no ar, puxaram os microfones para fora e fizeram a apresentação do corredor. O locutor Odilon Araújo perguntou de onde o programa estava sendo transmitido e Tinoco respondeu: "Da Beira da Tuia". O nome ficou.
Apesar da popularidade o trabalho para dupla sertaneja era garantido, porém limitado aos circos somente. Felizmente nessa época apenas em São Paulo estavam baseados cerca de 200 circos que iam ao interior para apresentação dos ídolos sertanejos do rádio.
Em 1961 estreiam no Cinema com o filme “Lá no Meu Sertão” de Eduardo Llorente, filme baseado na vida e obra de Tonico & Tinoco. No final de 1960 a dupla recebera um golpe quase mortal, quando Tonico, tuberculoso desde 1940, precisou ser internado num hospital em Campos do Jordão (SP), cedendo lugar para o irmão Chiquinho tanto nos shows, quanto nos programas de rádio e gravações de discos. Tonico fez uma cirurgia e um tempo depois deixou o hospital com a certeza que não voltaria mais a cantar. Tinoco, através da Rádio Nacional onde faziam o programa, pediu para os fãs rezarem pela saúde de Tonico, o qual ficou curado, e voltou a cantar com mais força e beleza. Em devoção a Nossa Senhora Aparecida, a quem a dupla atribuiu sua cura, construíram na Vila Diva em São Paulo uma capelinha que recebe romeiros e devotos até hoje.
Em 1965 filmam “Obrigado à Matar” de Eduardo Llorente, um filme baseado na lenda do Chico Mineiro. Ano de 1969, novas mudanças na carreira de Tonico & Tinoco, eles estreiam na Rádio Bandeirantes onde permanecem até 1983.
No cinema, em 1969, fizeram “A Marca da Ferradura” de Nelson Teixeira Mendes. Em 1970 Tonico & Tinoco resolvem lançar um LP intitulado “Recordando Raul Torres” em homenagem ao cantor. Conseguiram a autorização para gravar as músicas, entre elas, “Moda da Mula Preta”, “Pingo d'Agua” e “Chico Mulato” (Raul Torres/João Pacífico), mas infelizmente Raul Torres não chegou a ouvir as gravações, tendo falecido dois meses antes.
Gravaram em referência a famosa estrada do norte do Brasil, “Transamazônica” (Tonico/Caetano Erba) e em homenagem a sua terra natal, São Manuel “Minha Terra, Minha Gente” (Tonico). Filmaram ainda nesse ano “Os Três Justiceiros” de Eduardo Llorente, uma espécie de bang bang, sem muito sucesso.
Em 1972, já com um enorme prejuízo, filmam “Luar do Sertão” de Osvaldo de Oliveira e desistem da carreira de atores. Quase faliram nessa incursão pelo cinema. Mazzaropi fazia sucesso e fortuna pois produzia, distribuía e fiscalizava seus filmes, já Tonico & Tinoco sem condições de ter um fiscal na porta de cada cinema onde seus filmes eram exibidos, foram passados para trás, arcando com um prejuízo imenso.
Em 1979, precisamente no dia 6 de junho, Tonico & Tinoco fazem o que nenhum caipira havia sonhado: apresentam-se no Teatro Municipal de São Paulo, num show de três horas que reúne um público recorde de 2.500 pessoas. Da beira da tuia, celeiros centenários onde cantavam no passado, os irmãos Perez chegavam a um dos mais famosos teatros do mundo, que até então só abria suas portas para óperas, balés e concertos eruditos. Permaneceram na Continental até 1982, emplacando vários sucessos. Nesse ano resolvem ir para a gravadora Copacabana onde mudam seu repertório, passam a gravar canções mais alegres, arrasta-pés divertidos e Nadir Perez, esposa de Tinoco passa a assinar várias músicas com a dupla. No ano de 1983 estreiam o programa “Na Beira da Tuia” na TV Bandeirantes e lançam o filme “O Menino Jornaleiro”, só que dessa vez como co-produtores.
Em 1984 participam do filme “A Marvada Carne” de André Klotzel, como convidados especiais
Em 1989 voltam para a Copacabana e gravam “Mãe Natureza” (Tinoco/José Carlos). Nesse disco Tonico já se encontrava bastante debilitado mas continuava sua carreira.
No ano de 1994 na Polygram com a produção de José Homero e Chitãozinho gravam seu último trabalho, onde destaca-se “Coração do Brasil” (Joel Marques/Maracaí) com participação especial de Chitãozinho & Xororó e Sandy & Júnior, e “Chora minha viola” (Nilsen Ribeiro/Geraldo Meirelles).
Apresentaram o Programa Na Beira da Tuia nas seguintes emissoras - Bandeirantes (1983),e SBT (1988), Cultura (Viola, Minha Viola). Realizaram grandes eventos, como: A Grande Noite da Viola, no Maracanãzinho/Rio de Janeiro (1981), Teatro Municipal de São Paulo (1979), Semana Cultural Tonico e Tinoco no Centro Cultural de São Paulo (1988) e o Troféu Tonico e Tinoco (1992). No mesmo ano, realizaram um show em conjunto com Chitãozinho e Xororó na cidade de São Bernardo do Campo (SP), onde foram prestigiados por mais 100.000 espectadores. Entre as inúmeras premiações destacamos: 04 Roquetes Pinto, Medalha Anchieta (Comenda da Cidade de São Paulo), Ordem do Trabalho (Ministro do Trabalho Almir Pazzianoto), Ordem do Mato Grosso (Comendador), Troféu Imprensa, 02 Prêmios Sharp de Música e o Prêmio Di Giorgio. O slogan "A Dupla Coração do Brasil", surgiu em 1951, quando o humorista Saracura resolveu batizá-los assim, pela interpretação de todos os ritmos regionais.
A dupla passou por todas as mudanças na música sertaneja, mas jamais mudou seu estilo, copiadíssimo durante as décadas de 1950 e 1960.
O último show da Dupla Tonico & Tinoco foi na cidade mato-grossense de Juína, no dia 7 de agosto de 1994.

Fatos Relevantes

  • A primeira apresentação profissional da dupla aconteceu na Festa de Aparecida de São Manuel em frente ao Santuário N.Sra. Aparecida no dia 15 de agosto de 1935.
  • Participaram da primeira transmissão da Televisão brasileira, no ano de 1950.
  • São a mais importante dupla sertaneja da história da música.
  • Criaram uma Companhia Circense, com a qual percorreram todo o País. Em cada Circo realizavam três sessões por noite. São autores de muitas peças teatrais circenses.
  • Apresentaram o Programa Na Beira da Tuia nas seguintes emissoras - Bandeirantes (1983),e SBT (1988), Cultura (Viola, Minha Viola).



TABELA DE JOGOS DA COPA 2014


Via Voorus Esportes - Tabela da Copa no seu site

WEB RÁDIOS


A Explosão das Rádios On-lineAs Web Rádios estão ganhando mercado e tornando-se um meio de comunicação cada vez mais de massa.

Com o aumento do acesso da população à internet, principalmente, pelos jovens, descobriu-se um novo filão para o mercado publicitário, de divulgação de notícias e entretenimento.

Estudos comprovam que nos países do primeiro mundo, os jovens estão diminuindo o número de horas em frente à televisão para ficar navegando na internet. Como nestes países, o acesso à internet abrange boa parte da população, descobriu-se que, em média, um terço da população diminuiu o tempo assistindo televisão para ficar navegando na internet.

Os principais motivos que fazem com que os usuários desliguem a TV e o aparelho de rádio, e aumentem o tempo interação com os processos comunicacionais via web, mudando assim os hábitos de consumos da população, são as diversas possibilidades apresentadas por este meio para ler, ouvir ou ver.

O rádio, que teve seu fim anunciado quando surgiu a TV, na década de 50, porém mantém o status de meio de comunicação mais abrangente, chegando a 100% das residências brasileiras, ganha novo fôlego e se adapta melhor a nova tecnologia. Logo que houve a possibilidade de se criar uma forma de veicular informação, música e entretenimento, através da tecnologia streaming, gerando áudio em tempo real, havendo possibilidade de emitir programação gravada, imúmeras rádios convencionais aderiram o novo processo de comunicacao.

Outras tantas, foram criadas pelos usuários da internet, como uma forma de lazer e entretenimento, já que para não existe uma lei especifica que regule a transmissão ou o pagamento de royalties das músicas executadas por rádios Web. Como a Lei 9.610/98, que regula os direitos autorais brasileiros, não informa sobre o uso de webcasting, muitos especialistas em direitos autorais defendem que não existem formas de se cobrar juridicamente pelos direitos autorais provindos de webcasting.

Segundo esses especialistas, o fato de não ter como se certificar se a música foi realmente veiculada publicamente torna inviavel qualquer processo. Por outro lado, o ECAD (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição) baseado no sexto parágrafo do artigo 5º da Lei de Direitos Autorais —"a difusão de sons ou de sons e imagens, por meio de ondas radioelétricas; sinais de satélite; fio, cabo ou outro condutor; meios óticos ou qualquer outro processo eletromagnético"— garante que veiculação de música via internet está complementada na Lei brasileira.

Segundo Márcio Massano, coordenador estratégico de arrecadação do ECAD, em entrevista concedida ao site Radio Agência, existem cerca de 10 mil web rádios no Brasil, para um universo de 39 milhões de usuários da rede, conforme o levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Como o evoluir, as web rádios também foram se transformando e, hoje, a tecnologia possibilita o trabalho com podcast - produzido especialmente para a internet, e que engloba o streaming e o download em formato mp3.

A principal diferença de uma rádio tradicional para uma web rádio é que a on-line pode ser personalizada para determinado público de mercado, e, geralmente, possui bem menos tempo de comercial, comparado a uma rádio FM.

Para o presidente da Associação Brasileira de Podcasters, Maestro Billy, a internet provoca uma mega-especificação do público alvo. O internauta que faz o podcast pensando nas pessoas que se interessam pelo seu assunto, ou pelo seu produto.

Por este motivo, as web rádios estão tornando-se fenômenos entre os usuários da internet. Por ter essa segmentação de mercado especifica, o público acaba se identifica com o meio. A internet também possibilitou uma certa democracia dos meios, pois qualquer usuário pode informar ou até mesmo se tornar proprietário de um canal de televisão ou uma rádio, sem passar pelos trâmites legais de concessão ou gastar fortunas com antenas, satélites de transmissão, além, claro, de ter uma alcance mundial de todas as informações veiculadas.

Dentro dessas perspectivas, o jornalismo acaba também querendo abranger este espaço. Entretanto, muitas das informações veiculadas não têm um respaldo, por não ter uma relevância social, porém, essa democratização demonstra como a informação deixou de ser centralizada, num mundo o onde as fusões das grandes corporações da mídia criam grandes monopólios. Qualquer pessoa pode agora produzir conteúdos de áudio, vídeo e texto e divulgá-los, sem a intermediação de um editor.

As empresas de radiojornalismo, percebendo as vantagens (ausência de concessão, disponibilidade permanente e baixo custo de distribuição), montaram, em paralelo, web rádios. Ao mesmo tempo em que o locutor fala para determinado local, via ondas radiofônicas, ele também está falando para o mundo, através da internet.

O número de rádios tem aumentado consideravelmente, como informa o site Radio.com. Em julho de 2006, estavam registradas 79 web rádios. Um ano depois, foram 400 web rádios registradas. São 5 vezes mais do que um ano atrás. Isso demonstra o crescimento vertiginoso da nova mídia.

Dois dos principais estudiosos brasileiros da área, Heródoto Barbeiro e Paulo Rodolfo Lima, no livro Manual do Radiojornalismo, afirmam que “com a facilidade de acesso do ouvinte-internauta a uma rádio de programação nacional, não mais haverá necessidade das formações de rede como se conhece hoje. […] A web proporciona a uma única rádio cobertura mundial, sem necessidade de outras emissoras. Com isso, as rádios nacionais poderão vender publicidade com a absoluta certeza de que esta será veiculada em todo o país”. Essa é tendência para o mercado da web rádio: crescer e torna-se algo que apenas era local para algo global, dando a oportunidade para diferentes segmentos levar a sua música, ouvir o seu estilo, vender sua marca e informar algo que antes era apenas privilégio para poucos. Porém, como tudo no mercado capitalista, apenas os bons irão sobreviver. 

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DOUBLE FACE CD 01 - ANO 2010




01 Tapa na Cara
02 Apaixonite Aguda
03 Derrama Esse Amor em Mim
04 Um Amor Pra Vida Inteira
05 Esse Amor Não Valeu
06 Mentes Tão Bem (Mientes Tan Bien)
07 Louco de Amor
08 Um Novo Cara
09 Ninguém Vai Bagunçar a Minha Vida
10 Comendo em Sua Mão
11 Eres Todos Los Extremos
12 Estrada
13 Do seu Lado/ Tão Linda e Tão Louca

20 ANOS DE SUCESSO ( 2012 )


01 Sonho de Amor (single)
02 Sou seu amor e você é minha vida
03 Criação Divina Part Paula Fernandes (inédita)
04 Fechou o tempo (inédita)
05 Labirinto (inédita
06 Não tem graça (inédita)
07 As coisas mudam (inédita)
08 Tudo deu em nada (inédita)
09 Eu assumo (inédita)
10 Eu tô na pista eu tô solteiro (inédita)
11 Bola de fogo (inédita)
12 Eu quero é mais (inédita)
13 Em algum lugar do passado (inédita)
14 Meu nenén, meu bebê, minha vida (inédita)


Discografia completa ZEZÉ DI CAMARGO E LUCIANO e mais algumas coletâneas essenciais para quem admira e gosta dessa dupla.



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Navidad con Los Lunnis – Villancicos Cantados por Los Lunnis, incluye Karaokes

http://1.bp.blogspot.com/_GUvT2rY1Vko/Svq6VMBo0CI/AAAAAAAAB0c/lzL3f_RJ3ko/s400/cover+navidad+con+los+lunis+cd.png 
01.- Los Peces en el Río (2:02)
02.- Rin, Rin (2:55)
03.- Ya viene la Vieja (2:47)
04.- Campana sobre Campana (3:02)
05.- Ay del Chiquirrín (1:41)
06.- Jingle Bells (1:21)
07.- Pastores Venid (2:05)
08.- Los Campanilleros (2:00)
09.- La Marimorena (1:29)
10.- 25 de Diciembre (2:17)
11.- Arre Borriquito (2:50)
12.- Ya vienen los Reyes (3:19)
13.- Canta, Ríe y Bebe (2:41)
14.- Navidad Lunnis (2:48)

15.- Los Peces en el Río (karaoke)
16.- Rin, Rin (karaoke)
17.- Ya viene la Vieja (karaoke)
18.- Campana sobre Campana (karaoke)
19.- Ay del Chiquirrín (karaoke)
20.- Jingle Bells (karaoke)
21.- Pastores Venid (karaoke)
22.- Los Campanilleros (karaoke)
23.- La Marimorena (karaoke)
24.- 25 de Diciembre (karaoke)
25.- Arre Borriquito (karaoke)
26.- Ya vienen los Reyes (karaoke)
27.- Canta, Ríe y Bebe (karaoke)
28.- Navidad Lunnis (karaoke)
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Soledad Pastorutti, 2005 - Diez años de Soledad CD 1 e CD 2





01-UNA FIESTA
02-LEJOS DE TI
03-PA’ TODO EL AÑO
04-YO VENDO UNOS OJOS NEGROS
05-NUNCA ME FUI (DE CHIQUITA)
06-CHAMARRITA DE UNA BAILANTA
07-QUIÉREME COMO TE QUIERO YO
08-SI SUPIERAS
09-CHACARERA DEL MILAGRO
10-ESA MUSIQUITA
11-BRINDIS

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2005 - Diez años de Soledad CD 2

01-ENTRE A MI PAGO SIN GOLPEAR
02-QUE NADIE SEPA MI SUFRIR
03-PROPIEDAD PRIVADA
04-TREN DEL CIELO
05-ADONDE VAYAS
06-SALTEÑITA DE LOS VALLES
07-TODOS JUNTOS
08-PILCHAS GAUCHAS
09-EL BAHIANO
10-A DON ATA

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Soledad Pastorutti,2003 - Adonde vayas




01 - Adonde Vayas
02 - Tambores Del Sur
03 - Mal De Amores
04 - Luz De Amor
05 - Mi Verdad
06 - Para Mi Pueblo Argentino
07 - Luces Para Mi
08 - El Tiempo Pasa
09 - Por Donde Va El Amor
10 - Mi Sueño Mejor
11 - Si Tu No Estas
12 - Todo El Mundo Tiene Algo Que Decir
13 - Zamba De Usted

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Soledad Pastorutti, 2002 - Sole y Horacio juntos por única vez





01. Canta País
02. Si se calla el cantor
03. La litoraleña
04. De mi pueblo
05. Recital a la infancia
06. Por las costas entrerrianas - Carta a un amigo
07. Bloque romántico
08. A Don Ata
09. Puerto de Santa Cruz
10. Jacinto Piedra
11. Recital al amor - Recital a la paz
12. Chacarera de un triste
13. La villerita
14. Hay que ser correntino
15. Estrellita
16. Perdón Doctor
17. Piel morena
18. Caballo que no galopa
19. Canción del adiós
20. Zona Rural

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Soledad Pastorutti, 2001 - Libre





01 – El Tren Del Cielo
02 – Libre
03 – Quiero Abrazarte Tanto
04 – Otro Día Mas
05 – Ayer Te Vi
06 – Obsesión
07 – Chacarera De Un Triste
08 – Canción Del Jangadero
09 – Padre Del Carnaval
10 – No Vale La Pena
11 – Desde Algún Lugar
12 – Todos Juntos
13 – Manos A La Obra

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Soledad Pastorutti, 2000 - Soledad





01 - Propiedad privada
02 - De mi pueblo
03 - De mi madre
04 - Amutuy
05 - El que toca nunca baila
06 - Cantaré
07 - Chacarera del cardenal
08 - Luna cautiva
09 - Carta a un amigo
10 - Jose Antonio
11 - Canto a mi guitarra
12 - Garza viajera
13 - Si queremos

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Soledad Pastorutti, 1999 - Yo si Quiero a mi Pais





01 - Yo Sí Quiero A Mi País 
02 - El Bahiano 
03 - Como Será 
04 - Mi Consejo 
05 - Luna Mía 
06 - Mi Bien 
07 - Amarraditos
08 - Corazón Americano
09 - Un Amigo, Una Flor, Una Estrella     
10 - De La Mano 
11 - El Humahuaqueño
12 - Popurri Candombes

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Soledad Pastorutti,1998 - A mi Gente




01 - Del chucaro
02 - Pal que se va
03 - Soñadora del carnaval
04 - Solita la cuna
05 - Canten para papa
06 - El cautivo de til til
07 - De fiesta en fiesta
08 - Sapo cancionero
09 - A mi gente
10 - Milonguita pa Soledad
11 - Garganta con arena
12 - La culpa la tuve yo
13 - Coplas de la orilla
14 - Odiame
15 - Potrerito de la infancia
16 - Popurri de chacareras
17 - Dejame que me vaya

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Soledad Pastorutti,1997 - La Sole





01 - Que nadie sepa mi sufrir
02 - Las moras
03 - Ando por la huella
04 - Del norte cordobes
05 - Enero
06 - Chilenito de Pucon
07 - Kilometro 11
08 - La carta perdida
09 - Si de cantar se trata
10 - Mano a mano
11 - Punta cayasta
12 - Achalay Tafí del Valle

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Soledad Pastorutti - Poncho al viento


01 - Salteñita de los valles
02 - Entre a mi pago sin golpear
03 - Por las costas entrerrianas
04 - El duende del bandoneon
05 - Pilchas gauchas
06 - Alma corazon y vida
07 - Rosario de santa fe
08 - A don ata
09 - Gualeguaychu
10 - Ah mi corrientes pora
11 - Puerto tirol
12 - Cancion de las simples cosas